Encontros e Conversas

ENCONTROS E CONVERSAS

Mirna Montenegro

Nascida em Maputo, Moçambique, a 12 de Abril de 1959. Viveu em Alger e Orão, na Argélia, em Bern e La-Chauds-de-Fonds, na Suíça e esteve num Colégio interno em Pontarlier, no Jura Francês.

Toda a sua infância foi vivida em viagem com os pais, o que lhe deu o privilégio de visitar a imensidão do Sahara, Noruega e Itália.

Antes de atingir a maioridade viajou até a sua terra natal para que pudesse, melhor, decidir pela sua nacionalidade: Portuguesa ou moçambicana. Fez o ensino secundário em Portugal, onde teve contacto com a Professora Catalina Pestana, que a marcou até aos dias de hoje.

Em 1980 concluiu o Curso de Educadora de Infância, na Escola de Educadores Maria Ulrich. No mesmo ano, iniciou a sua actividade profissional no Ministério da Educação, em Alcácer do Sal.

Em 1984/85 e 1988/89 exerceu funções de orientação de estágio e professora de técnicas pedagógicas, nos cursos CPEI do Magistério Primário de Lisboa.

Foi co-responsável pela implementação e coordenação da “Natação para Bebés”, entre 1988 e 1997, na SFUAP, Cova da Piedade.

No ano de 1992 foi trabalhar para o CAIC – Centro de Animação Infantil e Comunitária da Bela Vista, em Setúbal. Este contacto profissional mudou a vida desta educadora, dando-lhe “mais sentido à minha vida de educadora e de animadora comunitária”. Desde então, tem dedicado todo o seu trabalho à “promoção das comunidades ciganas e à transformação da Escola”.

Terminou a Licenciatura em Ciências da Educação, em 1995, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, completando, ainda, o mestrado em Ciências da Educação em 2002.

Actualmente, mantém-se como responsável pela concepção, dinamização e coordenação nacional do Projecto Nómada I (1995/96 a 2003/04) e do Processo Nómada II (desde 2004/05) no ICE – Instituto das Comunidades Educativas.



Bruno Gonçalves
Bruno Gonçalves é mediador municipal em Coimbra para as comunidades Ciganas. Também é o dirigente do SOS Racismo e vice-presidente do Centro de Estudos Ciganos.
Bruno Gonçalves é, também, Conselheiro da Comissão Nacional para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial.
É, ainda, o autor do livro “O Ciganinho Chico”, que vai ser apresentado na Escola do Rossio e da Chainça, no dia 8 de Abril. Este livro retrata a história de um menino cigano que desconhecia as suas origens e, numa aula, toda a sua cultura vai-lhe ser apresentada.

João Abel Aboim

Nasceu a 19 de Janeiro de 1950, em Lisboa. Em 1970 dá início à sua carreira profissional como Assistente de imagem na longa-metragem “O Recado”, de José Fonseca e Costa.

Enquanto cumpria o Serviço Militar nos S.C.E. – Serviços Cartográficos do Exército, entre 1971 e 1974, realiza e fotografa várias curtas e médias-metragens.
Em 1974 e 1976 torna-se sócio fundador da cooperativa de cinema CINEQUANON e PROLE FILME, respectivamente.

Foi Director de fotografia de vários filmes de produção nacional e estrangeira, entre 1975 e 2009.

No ano de 1980, realiza o filme “Ciganos”, uma média-metragem documental.

Desde 1982/83 até ao presente, lecciona, na área de imagem, na E.S.TC. – Escola Superior de Teatro e Cinema.

Os seus trabalhos mais significativos dividem-se pelas várias áreas onde trabalhou. Na área da imagem, em 1974, foi Primeiro Assistente de Imagem do Director de fotografia Robby Muiler, na longa-metragem “Reina a tranquilidade no País”, de Peter Lilienthal, foi, também Director de Fotografia dos filmes “Barronhos”, “A Fuga” e “CeRROMAIOR”, DE Luís Filipe Rocha.

Foi Director de fotografia da série da RTP “Ecran”, de José Nascimento e Augusto Seabra. Entre muitos outros trabalhos, o seu último foi em 2010, como co-director de fotografia do filme “Mistérios de Lisboa”.

Durante toda a sua vida, realizou “Ciganos” (1980), “PÚBLICO – Como fazer um Jornal” (1995), foi produtor do espectáculo multimédia “Blimundo”, de Leão Lopes (1998). Foi realizador e produtor da série “Belgais” (2001/02) e realizador do vídeo “E se os Pombos não morrerem” (2003/04), “30% Pinocchio” (2005), “Not Possible” (2007), sobre a peça teatral homónima de Jean Paul Bucchieri e “Entre o dia e a noite” (2008), sobre a peça teatral homónima de Adriana Aboim.

Para além das várias exposições fotográficas, João Abel Aboim, ainda, foi o autor de “Introdução ao Formato Reduzido” (1982) e “12 Realizadores/12 Filmes” (2002).


Nuno Oliveira

Nuno Oliveira, mediador cultural, é Doutorado em Sociologia no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e assistente de investigação no CIES, ISCTE – IUL.

Entre outras actividades, trabalhou com DNE (Detached National Expert) na Fundamental Rights Agency, em Viena de Áustria e foi coordenador do National Focal Point português da rede Raxen (Racism and xenophobia Network). Os seus principais interesses abrangem a integração de imigrantes, racismo e preconceito e, mais recentemente, nas dinâmicas de construção de categorias étnicas por parte das instituições centrais.


Sílvio Oliveira

Sílvio Oliveira, educador social, é coordenador no jardim-de-infância público da Chamusca.

Estudou Educação Social na Escola Superior de Educação de Santarém onde, no início, escondeu as suas raízes com receio de ser estigmatizado. Actualmente, licenciado e a trabalhar como educador social, no jardim-de-infância, da Chamusca, não sente qualquer tipo de discriminação.


Adérito Montes

Adérito Montes é o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Etnia Cigana (APODEC).


Paulo Alexandre D´alva Baptista

Paulo D’ Alva nasceu a 9 de Fevereiro de 1980 em Salreu, Estarreja. Em 2003 finaliza o bacharelato em desenho na Escola Superior Artística do Porto, na qual, também, concluiu a Licenciatura em Artes Plásticas.

Iniciou a sua carreira no cinema de animação em 1995, nos estúdios do Cineclube de Avanca. Em 1996 participou como animador e co-realizador na série “Alfredo” (exibida na SIC durante o ano de 1998, vendida para televisões de 27 países).

Em 1997 trabalhou como intervalista na série “Pepino & Co”. Entre 1998 e 2000 participou na curta-metragem de animação “ Zé e o Pinguim” de Francisco Lança, na curta-metragem “Dá-me luz” de Sérgio Nogueira e na curtA-metragem “Histórias desencantadas” de Vítor Lopes. Fez parte da equipa de animação da primeira longa-metragem de animação portuguesa, “ João mata sete” 1999/2001.

Participou como assistente de som na longa-metragem de ficção “Trânsito local”, em 1998.

Colaborador dos encontros internacionais de cinema, televisão, vídeo e multimédia de Avanca, de 1997-2001. Participação em diversos catálogos de cinema de animação como ilustrador.

Trabalha frequentemente na área da gravura e litografia onde desenvolve um trabalho de exploração da obra gráfica aplicado aos conteúdos do cinema de animação.

Entre 2004/2005 trabalhou no estúdio de animação PortoImagem, na curta-metragem de animação “A meio da noite” do realizador Fernando Saraiva, onde esteve responsável pala animação e caracterização do personagem principal do filme. Animação de um vídeo Pedagógico, sobre a gestão de resíduos sólidos GESAMB “Separar, o poder de transformar” Filbox Produções 2005. Animação de uma série de 10 episódios de animação, “Panda e amigos, Filbox Produções 2006. Elaboração das Ilustrações e Cenários para o espectáculo “ A Vendedeira de Fósforos no Porto” organizado pela Escola de Bailado de Fátima Valle e Veiga, Rivoli teatro municipal, Julho de 2006. Para além de uma actividade permanente como cine-clubista e realizador de spots publicitários, animáticos para televisão e curtas-metragens de animação, desenvolve também um projecto de curta-metragem de animação em co-realização com o ilustrador de livros infanto-juvenis João Caetano, intitulado “Carrotrope”.

Realizou, ainda, a curta-metragem de animação intitulada “Dez prás Onze”, projecto financiado em 2006 pelo ICAM Instituto do Cinema Audiovisual e Multimédia, e produzido pela Alfândega Filmes.


Membro fundador da associação cinematográfica de Ovar -PANORÂMICA, onde é responsável pelo ateliê de cinema de animação, realizando diversos ateliers de cinema de animação, e também colabora na realização dos spots, e cobertura do festival nacional – Ovarvideo, 2001-2003.

Como actor participou na curta-metragem de ficção “Emprestas-me os teus olhos” de António Pinto e também como assistente de realização, 2002.

Participou no programa “Obra-Prima” transmitido no canal NTV, com o filme “A Noite Cheirava Mal”, 2003.

Publicou o livro, “História do cinema português de animação, contributos-1920-2001”. António Gaio, Porto 2001 Capital Europeia da Cultura. Pág. 140.

Participou no programa “Magazine cultural” a transmitir no canal RTP2, com o projecto de cinema de animação “Dez prás Onze”, 2007. 

A sua área de interesse é, exclusivamente, em Design, Publicidade, Cinema, C. de Animação, Ilustração, Pintura, Música, Dança, e Teatro.


ACIDI – Alto Comissariado para  imigração e Diálogo Intercultural

O Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I. P., abreviadamente designado por ACIDI, I. P., é um instituto público integrado na administração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa.

O ACIDI, I. P., prossegue atribuições da Presidência do Conselho de Ministros, sob superintendência e tutela do Primeiro-Ministro ou de outro membro do Governo integrado na Presidência do Conselho de Ministros.

Tem como missão colaborar na concepção, execução e avaliação das políticas públicas, transversais e sectoriais, relevantes para a integração dos imigrantes e das minorias étnicas, bem como promover o diálogo entre as diversas culturas, etnias e religiões.

A missão específica do ACIDI encontra-se consagrada no Decreto-Lei nº 167/2007 de 3 de Maio.

Os Sete Princípios-chave do ACIDI:
1 - IGUALDADE - reconhecer e garantir os mesmos direitos e oportunidades;
2 - DIÁLOGO - promover uma comunicação efectiva;
3 - CIDADANIA - promover a participação activa no exercício dos direitos e dos deveres;
4 - HOSPITALIDADE - saber acolher a diversidade;
5 - INTERCULTURALIDADE - enriquecer no encontro das diferenças;
6 - PROXIMIDADE - encurtar as distâncias para conhecer e responder melhor;
7 - INICIATIVA - atenção e capacidade de antecipação.